General

Os efeitos borboleta de Hockenheim 2019 três anos mais tarde

Os efeitos borboleta de Hockenheim 2019 três anos mais tarde

28-07-2022 04:34 Última atualização: 20:27

GPblog.com

Já se passaram três anos desde a infame corrida em Hockenheim de 2019, que viu Max Verstappen vencer em uma corrida afetada pela chuva. Embora a corrida mereça uma recapitulação por si só, o GPBlog destaca  os resultados futuros que a corrida pode ter causado.

Troca entre Gasly e Albon

Primeiramente, esse foi o último prego no caixão de Pierre Gasly na Red Bull. O francês teve dificuldades na largada, bem como para se adaptar às condições de chuva na Alemanha, despencando na volta aberta. Tudo isso foi antes de Gasly, eventualmente, se tocar com Alex Albon a apenas duas voltas do fim, fazendo com que o francês abandonasse a corrida e perdesse seu assento na Red Bull para o tailandês, que estava tendo uma corrida perfeita, tendo ocupado o terceiro lugar durante a prova.

Problemas com o pódio?

Existem duas hitstórias ao redor do último final no pódio. A primeira envolve o outro carro da Toro Rosso, já que Danil Kvyat conseguiu receber a bandeirada em um brilhante terceiro lugar, conquistando um dos três pódios em sua carreira. Uma pilotagem que mostrou a evolução do piloto, apesar de ter sido rebaixado da Red Bull em 2016. Embora não possa ser confirmado ou negado, a atuação também serviu para garantir que ele tivesse um lugar na equipe em 2020.

A segunda história foi o fracasso de Nico Hülkenberg em capitalizar um possível pódio mais uma vez, quando ele abandonou de seu GP de casa enquanto disputava o pódio. Algo que certamente assombra o alemão, que perdeu potenciais pódios algumas vezes. Uma característica que viria a definir sua carreira na Fórmula 1 e  sua falta de habilidade para converter boas corridas em pódios talvez tenham custado seu lugar na F1, já que ele ficou sem equipe para a temporada seguinte.

Leclerc e Bottas falham em seguir o líder

Estes foram os dois pilotos da frente que não chegaram ao final do Grande Prêmio, apesar de contarem duas histórias diferentes. Valterri Bottas ainda estava na disputa pela vitória quando ele bateu na primeira curva perto do final da corrida. Um erro semelhante ao de seus companheiro de equipe apenas algumas voltas antes, espalhando na curva com os pneus de pista seca e rodando. A diferença foi que Bottas não conseguiu evitar o muro como Lewis Hamilton. Um erro que pode ter começado a gerar questionamentos sobre se Bottas era tão bom para a Mercedes quanto George Russell, que estava em ascensão. Em uma temporada marcada por sua infame mensagem de rádio "A quem possa interessar", esse foi um grave erro para o finlandês que, apesar de ter ficado mais dois anos na Mercedes, pode ter feito a diferença entre ser considerado alguém digno de uma chance pelo campeonato ou alguém que estava lá para ser o segundo piloto.

Charles Leclerc abandonou numa situação muito semelhante, já que estava prestes a entrar na batalha pela liderança quando passou pela parte escorregadia do circuito e parou no muro. O que se seguiu foi um grito de "Nãoooooo". Não muito diferente do que foi ouvido na semana passada no Grande Prêmio da França. Poderia ter sido um sinal das reações de Leclerc. Semanas antes, ele foi derrotado pela Verstappen na Áustria nos momentos finais e agora abandonou estando em uma posição em que poderia vencer. Não é algo que você gostaria de ter visto de um piloto que ainda não havia vencido. E quando a classificação no Azerbaijão é trazida para a equação, as questões continuam a surgir. Apesar disso, Leclerc provou que os céticos estavam errados ao vencer em Spa e Monza no final do ano. São algumas semelhanças entre 2019 e 2022 e o ocasional fracasso na entregar o resultado em um carro vencedor pode levar a um grande "e se" na carreira do monegasco.

Alguns eventos um pouco menores

Essa foi uma corrida que pode ter começado de vez com o crescimento de Verstappen. Não só provou mais uma vez o talento que o holandês tem, mas desde sua vitória na Alemanha, ele só terminou fora do pódio seis vezes.

Em uma arrancada semelhante à de Verstappen, Carlos Sainz terminou no quinto lugar com a McLaren, que foi seguido na segunda metade da temporada por três resultados entre os cinco primeiros, incluindo um pódio no Brasil. Em 2020, terminou seis vezes entre os cinco primeiros. Todos estes certamente foram resultados que o ajudaram a garantir na Ferrari para 2021.

 
 
 
 
 
View this post on Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A post shared by GPblog.com (@gpblog_com)