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Quem foram os pilotos norte-americanos de maior sucesso na F1?

Quem foram os pilotos norte-americanos de maior sucesso na F1?

04-02-2023 08:52 Última atualização: 10:17

GPblog.com

Com Logan Sargeant, os Estados Unidos agora tem um piloto na Fórmula 1 pela primeira vez em 8 anos. Na Williams, o piloto espera começar uma carreira de sucesso na categoria. No entanto, ele não tem muitos exemplos de pilotos norte-americanos que foram bem sucedidos. Quem foram os seus predecessores?

O piloto da Williams agora faz parte de um extensa lista de norte-americanos que já competiram na categoria. De fato, os Estados Unidos já tiveram 158 pilotos participando na Fórmula 1, embora esta lista inclua participantes das 500 milhas de Indianápolis, quando o evento ainda fazia parte do calendário. Se você excluir todos que participaram desta corrida, sobram apenas 36 pilotos que realmente competiram ao longo da temporada.

Enquanto que a primeira temporada da Fórmula 1 foi disputada em 1950, Phil Hill deu aos Estados Unidos seu primeiro título mundial somente em 1961. Hill, que também foi vencedor das 24 Horas de Le Mans no mesmo ano, estava na Ferrari naquele ano disputando com o seu companheiro de equipe e adversário Wolfgang von Trips. Depois que o alemão perdeu sua vida após um acidente com o piloto da Lotus, Jim Clark, assim como também 15 torcedores perderam suas vidas, Hill conquistou o título mundial com um sabor amargo.

Andretti deu aos Estados Unidos seu segundo título mundial

17 anos depois, Mario Andretti foi capaz de fazer o mesmo em nome da Lotus. Notavelmente, ele enfrentou o mesmo cenário que Hill. Andretti estava em um duelo com o companheiro de equipe Ronnie Peterson em 1978. Entretanto, o sueco se envolveu em um acidente na Itália, falecendo um dia depois. Seu substituto, Jean-Pierre Jarier, e Andretti não conseguiram mais pontuar naquele campeonato, mas o que já havia sido conquistado foi o suficiente para que o americano ganhasse o campeonato mundial.

Seu filho Michael Andretti correu brevemente pela McLaren em 1993, fazendo dupla com Ayrton Senna. No entanto, não provou ser uma parceria de sucesso. Ambas as partes, portanto, decidiram negociar a rescisão do contrato.

Poucos americanos no século 21

Scott Speed foi o último americano a ter um lugar regular na Fórmula 1. Em 2006 e 2007, ele tinha um contrato com a Toro Rosso (AlphaTauri desde 2021), mas não foi de forma alguma uma parceria feliz. Gerhard Berger - proprietário da Toro Rosso - e Speed não se davam particularmente bem. Além disso, o chefe da equipe, Franz Tost, e Speed até mesmo brigaram um com o outro.

A Toro Rosso decidiu estender o contrato de Speed em 2007, mas durante a temporada optou por colocá-lo como piloto reserva e nomeou Sebastian Vettel, que acabou ganhando quatro títulos mundiais, como seu substituto. Speed então mais tarde declarou em uma entrevista que ele nunca mais quis trabalhar com a gerência da Toro Rosso após os acontecidos.

Alexander Rossi é o americano mais recente a participar de uma corrida de Fórmula 1. Em 2015, ele fez 5 participações como piloto reserva para a Marússia, substituindo Roberto Merhi. Não foi, de forma alguma, uma história de sucesso. Na verdade, Rossi não conseguiu marcar nenhum ponto e terminou a temporada ingloriamente no 20º lugar. No ano seguinte, ele se mudou para a Fórmula Indy, onde correu pela Andretti.

Um novo capítulo: Sargeant

Os Estados Unidos tiveram que esperar muito tempo por isso, mas em 2023, com Sargeant, finalmente o país terá um piloto de volta ao grid da categoria. Embora ele esteja com uma equipe que certamente não teve um bom desempenho nas últimas temporadas, a equipe britânica espera continuar a tendência ascendente nos próximos anos. Com o novo chefe de equipe, James Vowles, vindo da Mercedes, a Williams parece ter um ingrediente chave para conseguir evoluir.

Assim como muitos estreantes na Fórmula 1, Sargeant vai precisar de tempo para se ajustar ao nível e encontrar o seu ritmo na Williams. Os britânicos parecem estar dando a ele tempo para se adaptar ao carro, embora ele precisará mostrar seu potencial logo em 2023.

Caso Sargeant consiga ter sucesso, há muitas oportunidades para ele nos Estados Unidos. O esporte já cresceu consideravelmente no país nos últimos anos, inclusive sediando três Grandes Prêmios nesta temporada com as corridas em Austin, Miami e Las Vegas. Cabe a Sargeant chamar a atenção dos torcedores, e se esforçar para que um dia ele chegue na mesma prateleira que Hill e Andretti na Fórmula 1.