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F1 team

Alpine F1 team


9

0 PTS

Esteban Ocon

Pierre Gasly

Base
Enstone, Great Britain
Chefe de equipe
Bruno Famin
Chassis
A524
Motor
Renault

Alpine F1 Team

Durante muito tempo, a Renault trabalhou como fornecedora de motores e ficou apenas vendo outras equipes conseguirem vitórias e pódios utilizando os seus materiais. O maior caso foi a Red Bull Racing. Mas em 2015 a montadora decidiu voltar à Fórmula 1 com a sua própria equipe de fábrica. Cinco anos mais tarde, a equipe decidiu mudar de nome e competir como Alpine F1 Team.

F1 Standings

Quem irá pilotar pela Alpine em 2022?

A volta de Fernando Alonso, em 2021, foi um grande impulso moral para a equipe francesa. O espanhol voltou à equipe onde venceu seus dois títulos mundiais. Ao lado de Alonso, Esteban Ocon ocupará o outro carro da Alpine em 2022.

Na última temporada, Ocon terminou o campeonato atrás de Alonso, mas durante alguns finais de semana mostrou que pode competir com o seu companheiro, como na Hungria, onde o francês venceu a primeira corrida na carreira. Em 2021 ele aprendeu muito com o espanhol e em 2022 isso será bastante útil. Ocon certamente fará o seu melhor para superar Alonso.

História da Renault

Durante muitos anos, a Renault foi conhecida pelo seu carro amarelo tradicional. O motor turbo V6 de 1,5 litro da Renault-Gordini era o melhor motor na virada dos anos 70 para os anos 80, mas mesmo naquela época faltava confiabilidade. Devido às cores amarelas e à quantidade de fumaça que saía regularmente do carro, a Renault ficou conhecida como "o bule amarelo". Foi uma imagem que a equipe demorou para se livrar.

Ao contratar o francês Alain Prost para a temporada de 1981, a maré começou a mudar. Começaram a subir no pódio e ganhar corridas, mas a equipe francesa não conseguiu ir além do vice-campeonato na classificação dos construtores em 1983. Foi também o último ano de Prost na Renault, em uma saída cheia de controvérsia.

Prost achava que a Renault não tinha sido capaz de tirar o máximo do carro e criticava constantemente os seus chefes. A relação atingiu um ponto insustentável e o piloto teve que sair. Em 1984, o francês correu ao lado de Niki Lauda na McLaren. 

Saída, volta e nova saída

Em um momento onde muitas equipes acabaram saindo da Fórmula 1 devido a problemas financeiros, a Renault também não conseguia manter a saúde financeira. A montadora tinha que poupar dinheiro, então manter uma cara equipe de Fórmula 1 simplesmente não era possível.

Em 1986, a Renault deu um passo atrás, deixou de ter uma equipe de fábrica e se manteve apenas fornecendo motores aos times do grid. No final daquele ano, a montadora decidiu parar de fornecer e a Renault desapareceu da Fórmula 1. Três anos mais tarde, os motores franceses voltaram à Fórmula 1, mas isso foi tudo. Até ao ano 2000.

Os franceses compraram a equipe Benetton e, no ano seguinte, a renomearam de Benetton-Renault. Em 2002, o nome Benetton desapareceu completamente e a Renault F1 Team voltou ao grid como antigamente. Os resultados ainda não eram tão bons como nos anos de glória, mas isso logo mudou.

A equipe contratou Fernando Alonso em 2003 e tinha uma nova jovem estrela na equipe. Neste ano, a Renault terminou em quarto lugar, conquistando uma vitória na Hungria. No ano seguinte, conseguiu alcançar o terceiro lugar na classificação de construtores. Com Alonso no comando, os franceses conquistaram os títulos de construtores e pilotos em 2005 e 2006, encerrando a era de domínio da Ferrari e Michael Schumacher. 2006 também marcou o fim da primeira passagem de Alonso na equipe. Depois de dois títulos, o espanhol decidiu se mudar para a McLaren.

Um ano mais tarde, após uma série de brigas internas com Lewis Hamilton e a McLaren, Alonso voltou para a Renault, mas a equipe não conseguiu alcançar os mesmos resultados dos anos anteriores. A mudança constante de pilotos também não ajudou a situação. 

Após ser revelado que Nelsinho Piquet tinha batido de propósito no Grande Prêmio de Cingapura de 2008 para dar a vitória a Alonso, se instaurou um caos dentro da montadora. O chefe da equipe, Flavio Briatore, foi banido da Fórmula 1 e havia muita incerteza sobre se a própria Renault seria autorizada a permanecer na categoria.

Depois disso, a situação só piorou. Os patrocinadores saíram e as ações da equipe foram vendidas. Eventualmente, apenas o nome Renault foi deixado no carro, mas um ano mais tarde isso também desapareceu e a Renault se manteve apenas como fornecedora de motores.

Sucesso como fornecedora e volta da equipe de fábrica
A Red Bull Racing contou com o motor Renault na traseira de seus carros para conseguir uma incrível sequência de quatro títulos mundiais de construtores e pilotos, com Sebastian Vettel. Após a mudança no regulamento e a introdução dos motores híbridos, em 2014, a equipe perdeu terreno para a Mercedes, que passou a dominar a Fórmula 1. A relação entre a Red Bull e a Renault começou a se deteriorar, com a equipe muitas vezes culpando a falta de desempenho das unidades de potência francesas pela má fase.

Após meses de discussões públicas com a Red Bull, a Renault decidiu aproveitar os problemas financeiros da Lotus, que havia assumido a operação na Fórmula 1 quanto a montadora saiu, recomprar a estrutura e voltar a ter sua equipe de fábrica em 2016. Com Kevin Magnussen e Jolyon Palmer, a equipe francesa iniciou a lenta caminhada de volta rumo ao sucesso. Três anos e muitas mudanças de pilotos mais tarde, a Renault voltou a ser a melhor equipe do pelotão intermediário em 2018.

De um triste nono lugar em 2016, um ligeiramente melhor sexto em 2017 e o quarto lugar em 2018, a trajetória ascendente da Renault era óbvia. Sob a liderança de Cyril Abiteboul e com Daniel Ricciardo e Nico Hulkenberg como pilotos, a Renault tentou dar o passo seguinte em 2019: diminuir a diferença para as três primeiras equipes para ter uma oportunidade de brigar pelo título em 2021. Mas as temporadas seguintes mostraram que brigar pelo título ainda era um passo grande demais para a equipe, que perdeu terreno para a McLaren em 2019 e até para a Racing Point, em 2020.

Mudança de nome para Alpine

Em setembro de 2020, o presidente do Grupo Renault, Luca De Meo, anunciou que a equipe de Fórmula 1 passaria a se chamar Alpine F1 Team a partir de 2021. A intenção era promover mais a Alpine, marca do Grupo Renault que tinha história competindo em categorias de sportscar e rali. Com isso, o nome Renault passou a batizar apenas os motores, com as cores amarelo e preto sendo substituídas por azul, vermelho e branco (as cores da bandeira da França).

Para a primeira temporada com o novo nome, a equipe contaria com o retorno do bicampeão mundial Fernando Alonso, após duas temporadas longe da categoria. Seu companheiro de equipe seria o francês Esteban Ocon. As atuações de Alonso e Ocon fizeram a equipe evoluir em relação aos últimos anos, vencendo a primeira corrida desde o retorno da equipe de fábrica, no Grande Prêmio da Hungria, com Ocon.

O bom desempenho em 2021 dá esperança à Alpine. As mudanças de regras para 2022 também oferecem uma boa oportunidade para a equipe, tornando possível que eles deem um salto de qualidade e briguem com maior frequência com as equipes do topo. A experiência de Alonso pode desempenhar um papel importante. O espanhol já vivenciou muitas coisas em sua carreira e pode orientar a equipe na direção certa para evoluir. 

Qual motor a Alpine usará?

Todos os fornecimentos que a Renault fazia expiraram. A Red Bull mudou para a Honda em 2019 e a McLaren voltará a utilizar o motor Mercedes. Então, a montadora poderá focar exclusivamente em sua equipe de fábrica em 2022. O fornecedor de combustível da Alpine será também a BP/Castrol na próxima temporada.