O que Sainz precisa para se tornar campeão mundial?

Na temporada de 2022, a Ferrari tinha um carro para estar na frente, mas Carlos Sainz não conseguiu lutar pelo campeonato mundial por diferentes razões. Será que o espanhol conseguirá vencer o campeonato mundial de Fórmula 1 em 2023? Fred Vasseur pode ter que mudar algumas coisas, mas damos as razões de porquê isso pode acontecer.

Recuperando a consistência

Nós sabemos que Sainz tem qualidade para vencer o Campeonato Mundial de Fórmula 1. A habilidade mais notável do piloto espanhol é a consistência. Sua série de 31 corridas sem abandonar entre 2020-2022 é a quinta mais longa na história da categoria. O espanhol ficou sem abandonar do GP de Eifel em 2020 até o GP da Arábia Saudita em 2022. Nesta temporada, em seis ocasiões, o piloto espanhol teve que sair da corrida mais cedo. Nos GPs da Austrália, Emilia-Romagna, Azerbaijão, Áustria, Japão e Estados Unidos. Quatro foram devido a acidentes ou colisões e dois devido a problemas com sua Ferrari.

Para ser um campeão de Fórmula 1, da primeira à última corrida, você tem que dar 100% ou até mais no carro. Sainz teve dificuldades para se adaptar ao carro de 2022 mais do que o normal, e isso o fez ficar para trás na luta pelo título mundial desde o início.

A equipe também tem que ajudar

Obviamente, a equipe da Ferrari também tem que ajudar Sainz a vencer o Campeonato Mundial de Fórmula 1. Para começar, a Ferrari tem que construir um carro vencedor. A base já está pronta, porque em algumas corridas da última temporada, a Ferrari teve o carro mais rápido do grid.

Além disso, esse carro tem que ser confiável. Em 2022, nós vimos que a confiabilidade da equipe italiana não é totalmente boa, já que os pilotos tiveram que abandonar em 4 oportunidades por causa de problemas no motor (Sainz duas vezes e Leclerc duas vezes). Por último, mas não menos importante, em um mundo como o da Fórmula 1, onde cada milissegundo conta, a equipe da Ferrari tem que acertar nas paradas nos boxes. Muitas vezes Carlos Sainz perdeu posições devido a problemas e paradas lentas da equipe italiana.

Possíveis rivais

Para vencer o campeonato de Fórmula 1, você tem que ser melhor do que seus rivais. Primeiro temos que olhar no mesmo time, Leclerc. Nós sabemos que Sainz, em sua primeira temporada na Ferrari, venceu o monegasco no campeonato, marcando 164,5 pontos e terminando em quinto, enquanto Leclerc ficou em sétimo lugar com 159 pontos. A chave para esta luta será a rapidez com que os pilotos se adaptam ao carro da Ferrari.

Max Verstappen e Red Bull também são claros competidores pelo título mundial. Sainz já foi o companheiro de equipe do holandês na Toro Rosso na temporada de 2015. A chave para esta luta será a consistência do piloto espanhol. Verstappen teve dois abandonos no início de 2022, no Bahrein e na Austrália, devido a problemas com seu carro. Ele também teve problemas em Singapura, Grã-Bretanha e Brasil. Além disso, nós sabemos que o bicampeão mundial tem dificuldades com os circuitos de rua. Se Sainz for consistente e saber como aproveitar ao máximo suas oportunidades, ele tem uma chance de se tornar campeão mundial de Fórmula 1.

Por fim, temos a Mercedes, que na temporada de 2022 ficou um passo atrás durante a maior parte da temporada. Enquanto eles se recuperaram dramaticamente na segunda metade do ano, a Ferrari ainda teve mais tempo de desenvolvimento. A Mercedes foi forçada a se concentrar no problema do porpoising ao invés de avançar mais adiante.

Carlos Sainz pode ser campeão de Fórmula 1 em 2023

Sainz pode ganhar o Campeonato Mundial de Fórmula 1 em 2023, mas para isso, é claro que a Ferrari deve fazer um bom carro, mais confiável e não ter tantos erros nas estratégias ou nas paradas nos boxes. Algo que Vasseur terá que trabalhar duro para resolver. Quanto ao piloto de Madrid, Sainz tem que encontrar a consistência que ele tinha antes e adaptar-se ao seu carro. Se ele seguir estas chaves na próxima temporada, ele poderá ter uma boa chance de ganhar o Campeonato Mundial de Fórmula 1.

Este artigo de opinião foi publicado orginalmente na edição espanhola do GPblog, escrita por Rubén Gómez