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FIA ameaça deixar a França por causa dos altos impostos

FIA ameaça deixar a França por causa dos altos impostos

29 abril - 16:00
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Marcos Gil

O órgão regulador da Fórmula 1, a Federação Internacional de Automobilismo, está sediada em Paris, na França, há 120 anos. Em um comunicado, a FIA explica que ficar em Paris tem muitas vantagens, mas eles estão quase sendo forçados a sair.

Há muito tempo, a sede da Fédération Internationale de l'Automobile (FIA) está localizada na capital da França, Paris. Há também escritórios em Genebra, na Suíça. Para continuar crescendo na França, a FIA precisa de um status legal específico, mas não o tem no momento.

FIA vê poucas vantagens em continuar na França

Em uma declaração, Xavier Malenfer, diretor de relações institucionais e internacionais da FIA, explicou a situação atual. "Sem esclarecimentos, reconhecendo um status específico para federações esportivas internacionais, há pouca esperança de ver as atividades da FIA se desenvolverem ainda mais, apesar de todas as vantagens inegáveis de Paris. O executivo francês tentou, no final de 2023, incluir no orçamento de 2024 uma lei com disposições fiscais para atrair para a França federações esportivas internacionais reconhecidas pelo COI, começando pelo futebol. Mas, em dezembro passado, o Conselho Constitucional censurou o regime fiscal vantajoso, citando a igualdade perante os impostos. Isso desencorajou o estabelecimento de certas federações".

"O principal freio identificado para essa atratividade francesa: a ausência de um status legal específico para as federações internacionais. De acordo com a legislação francesa, elas de fato têm o status de associações e não podem ser consideradas organizações internacionais ou empresas. Isso tem consequências concretas sobre suas atividades, tributação e, em última análise, sobre seu interesse em estar na França, explicam as organizações. Elas exigem mais clareza e visibilidade da França em relação ao regime jurídico, social e tributário que se aplicaria a elas", continuou Malenfer. A FIFA, órgão máximo do futebol, também está incomodada com isso.