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Equipes enfrentam dilema com o teto orçamentário

Equipes enfrentam dilema com o teto orçamentário

17-06-2023 09:32 Última atualização: 09:36

Vicente Soella

O teto orçamentário existe na Fórmula 1 desde 2021. Isso permite que as equipes não gastem mais do que um determinado valor por ano, que está fixado em US$ 135 milhões nesta temporada. Os custos com os funcionários também estão incluídos nesse limite e, portanto, as equipes enfrentam um dilema difícil na hora de contratar pessoas experientes.

O objetivo do teto orçamentário é deixar todas as equipes mais próximas em questão de desempenho. O que deve criar mais emoção na Fórmula 1, algo que é desejado na categoria. De fato, no momento, apesar do teto orçamentário, a Red Bull Racing é muito dominante.

Red Bull e o dilema do teto orçamentário

Christian Horner sugeriu que, devido ao teto orçamentário, as posições dos colaboradores mais experientes e caros estão em risco, fazendo com que os mesmos possam ser substituídos por outros mais baratos, mas menos experientes. Na coletiva de imprensa, Pierre Waché, diretor técnico da equipe austríaca, explicou a fala de seu chefe de equipe.

"No fim das contas, o teto orçamentário tem o objetivo de igualar o campo de jogo para todos. Depois, o que é verdade é que, quando você analisa para onde o custo está indo, os salários e a folha de pagamento fazem parte disso, e a folha de pagamento grande também faz parte disso. É um risco, ele [Horner] se comparou a algum outro concorrente que não é da F1. Isso é um risco e veremos se o efeito não será agora, mas se poderá acontecer em alguns anos, com certeza", disse Waché.

Aston Martin busca oportunidades

Dan Fallows, da Aston Martin, também esteve presente na coletiva de imprensa e falou sobre como sua equipe está lidando com as limitações causadas pelo teto orçamentário. "Vimos isso como uma oportunidade, acho que, como acontece com todas essas coisas, você precisa ver onde estão as oportunidades. Conseguimos, você sabe, criar uma divisão de tecnologias de desempenho que pode agregar valor a outros projetos, não apenas na Aston Martin, mas em alguns outros projetos de corrida nos quais podemos nos envolver".

A Mercedes busca o equilíbrio certo

Na Mercedes, eles estão buscando principalmente o equilíbrio certo em termos de pessoal. "Somos equipes de corrida, mas também somos empresas e ganhamos uma boa quantia de dinheiro fazendo trabalhos que não estão no mundo das corridas. Se avaliarmos mal quem colocamos na equipe e acabarmos nos prejudicando na F1 porque perdemos a experiência que deveria ter permanecido na equipe, então damos um tiro no pé. O desafio de todas as equipes do grid é tentar garantir o equilíbrio certo para manter a melhor equipe possível dentro das restrições do limite", disse James Allison.