A Mercedes poderia ter alcançado um resultado melhor em Silverstone. O fato de não terem conseguido se deve às escolhas da equipe de Brackley desde o início da corrida.
Gary Anderson, ex-chefe da Jordan Racing, considera estranha a decisão da Mercedes de chamar George Russell para os boxes no final da volta de formação, em sua coluna para o The Telegraph.
Escolhas bizarras da Mercedes expostas
"A Mercedes, também fez algumas escolhas estranhas. A mais estranha foi levar George Russell aos boxes no final da volta de formação."
A equipe alemã parecia contar com a secagem rápida da pista e assim conseguir vantagem sobre os líderes McLaren e Red Bull.
Anderson destaca a escolha de pneus da equipe alemã, bem como os dados meteorológicos que as outras equipes tinham à disposição no pitlane.
"Especialmente os pneus slick duros em vez dos médios ou macios. Todas as equipes pareciam pensar que iria chover cerca de 10 voltas após o início da corrida, então a Mercedes estava correndo um grande risco."
"Isso acabou colocando-os em desvantagem, pois, inevitavelmente, Russell teve que trocar para intermediários quando a chuva voltou. Ele nunca voltou a disputar," avaliou o irlandês.
A Mercedes não precisava de um milagre, até que choveu
A decisão é ainda mais difícil de entender, segundo o ex-chefe da F1, dada a posição de partida de Russell em P4. "Se Russell tivesse iniciado mais atrás no grid, poderia se entender melhor. Ele começou em quarto, no entanto, e estava na disputa no início, ao lado das McLarens, Red Bull e Ferraris."
Para Anderson, se a troca prematura de pneus deveria acontecer, então o composto deveria ter sido diferente.
"De qualquer forma, o slick macio deveria ter sido a escolha, não os duros. O macio dá mais aderência no molhado e no seco e é mais rápido para aquecer do que o pneu duro."
"O desgaste extra que sofreria em condições úmidas e frias é insignificante, relativamente aos duros ou médios."
"Eu acho que a Mercedes estava buscando o milagre desde a primeira volta, mas no final da 12ª volta um milagre era exatamente o que eles precisavam," concluiu Anderson.