Newey fala: "Isso precisa ser diferente em um carro de Fórmula 1"
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Com a última mudança de regulamento na Fórmula 1 em 2022, a intenção da FIA era permitir que os carros seguissem uns aos outros mais de perto, o que melhoraria as corridas. Entretanto, quase 2,5 anos depois, a conclusão é que esse objetivo foi alcançado. De acordo com Adrian Newey, projetista da Red Bull Racing, isso ocorreu às custas de outro aspecto: os carros se tornaram pesados e grandes hoje em dia.
Newey acha que isso é "uma pena", disse ele ao Motorsport.com. De fato, o britânico ressalta que os desenvolvimentos na Fórmula 1 muitas vezes (eventualmente) se tornam aplicáveis também aos carros de consumo. Veja os turbocompressores da década de 1980, por exemplo, ou os winglets de carbono encontrados atualmente em muitos carros esportivos.
"Carros maiores geram mais emissões"
"Certamente há muita conversa no momento, e com razão, sobre ecologia e como reduzir os efeitos do setor automotivo no planeta. O que tende a acompanhar isso é principalmente uma obsessão em reduzir as emissões, talvez por meio de baterias ou hidrogênio, sem usar combustível fóssil", afirma Newey.
Newey acredita que a quantidade de energia que um carro consome é muito mais importante do que o fato de ele usar ou não combustíveis fósseis. Até mesmo a energia eólica cria alguma forma de emissão de CO2, argumenta o britânico. Portanto, quanto menores forem os carros, menores serão as emissões. "Portanto, a chance de a F1 seguir o caminho oposto e optar por carros muito menores, mais leves e mais eficientes do ponto de vista aerodinâmico, acho que é o que eu certamente defenderia", diz Newey, que espera que a indústria automobilística siga um caminho semelhante para os carros em vias públicas nesse caso.