Engenheiro da Red Bull fala sobre a introdução do teto orçamentário na F1

A introdução do teto orçamentário na categoria mudou muito a forma como as equipes abordam o desenvolvimento de seus carros. Foi o que disse Paul Monaghan, o engenheiro chefe da Red Bull Racing.

O teto orçamentário foi introduzido para aproximar o grid e provou ser particularmente desafiador para as melhores equipes. Embora ainda exista uma diferença entre as equipes de trás para a Red Bull, Ferrari, Mercedes, a expectativa é que o esporte se torne mais competitivo no longo prazo.

De acordo com Monaghan, a introdução do teto orçamentário mudou a abordagem do desenvolvimento. Enquanto a Red Bull costumava ser capaz de fazer mudanças maiores, a equipe agora tem que fazer atualizações menores ao longo da temporada. Falando com o Motorsport.com, ele admite que sua equipe estava anteriormente em uma "posição privilegiada".

De acordo com Monaghan, o teto orçamentário é uma faca de dois gumes. Por um lado, priva a Red Bull da oportunidade de ficar à frente de outros times em termos de desempenho, mas da mesma forma, as outras equipes também não conseguem se destacar. Para todos, os carros precisam ser desenvolvidos com mais cuidado do que antes.

A Red Bull fez as escolhas certas

O britânico de 55 anos, que está com a equipe desde o início da Red Bull em 2005, reconhece que o RB18 poderia ter tido um desempenho ainda um pouco melhor se todas as atualizações desejadas tivessem sido implementadas. No entanto, ele aponta para uma questão mais importante: "Nós fizemos as partes certas ao invés das partes menos valiosas para manter o nosso índice de desenvolvimento? Em relação à as concorrentes, você pensaria que a resposta é sim".

O novo regulamento financeiro foi introduzido para a temporada de 2021 da F1 e limitou as equipes a um orçamento anual de $145 milhões. O acordo inicial era diminuir em $5 milhões por ano, mas medidas adicionais foram introduzidas para 2022 e 2023 por causa do aumento da inflação.