Newey nega que RB20 seja uma revolução: "É a terceira evolução do RB18"

O RB20 parece bem diferente do RB19, mas, de acordo com o designer Adrian Newey, não é assim na prática. Portanto, certamente não se trata de uma revolução. De um ponto de vista filosófico, a Red Bull não deu um passo em direção ao desconhecido, explica Newey no F1 Nation Podcast.

"Não, de forma alguma. Não, quero dizer que a arquitetura subjacente do carro é a evolução da terceira geração do que começou como RB18. Onde carregamos tudo, exceto os radiadores, eles mudaram", disse o engenheiro britânico. O RB20 quase não tem sidepods, algo que vimos a Mercedes tentar anteriormente com o W13.

"Mas, tirando isso, onde levamos tudo, o layout da suspensão dianteira, a suspensão traseira, a caixa de câmbio, a carcaça, etc., você não precisa mudar. Esse é apenas um terceiro mapa de evolução. É a terceira evolução do RB18".

Newey resume: "São as partes que estão visíveis e que, obviamente, chamaram muita atenção. Obviamente, estamos buscando ganhos aerodinâmicos, mas a mudança visual é, na verdade, muito maior do que a mudança de desempenho que você obtém com isso, e as outras partes muito mais sutis que as pessoas não notaram provavelmente são responsáveis por um ganho maior".

Red Bull é boa em qualquer lugar, a qualquer hora

Damon Hill alogiou o trabalho Red Bull, pontuando como os carros da equipe são bons em qualquer circunstância. Os carros tiveram um bom desempenho em basicamente todos os tipos de circuitos nos últimos dois anos.

"É muito gentil da parte dele, não é? É muito descritivo. É isso que tentamos alcançar. Tentamos conseguir um carro que fosse razoavelmente adequado a todos os circuitos. Acho que, no ano passado, os circuitos em que tivemos menos vantagem foram as pistas de rua com downforce máximo. Obviamente, Cingapura foi um circuito famoso, com um desempenho abaixo do que poderíamos ter alcançado. Acho que certamente poderíamos ter conquistado pódios lá se tivéssemos nos organizado um pouco melhor. Mas é verdade que você pode dizer que esses circuitos são aqueles em que provavelmente temos menos vantagem. Mas, desde que não sejamos desastrosos neles, talvez isso seja bom o suficiente", conclui.