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O GP de Madri é uma boa ou má notícia para Monza e Spa?

O GP de Madri é uma boa ou má notícia para Monza e Spa?

23 janeiro - 16:00
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Marcos Gil

A Fórmula 1 anunciou um contrato de dez anos para correr em um novo circuito de rua em Madri, repetindo o acordo com Las Vegas, que também tem duração de uma década. A assinatura de contratos por muitos anos parece ser uma nova estratégia da Fórmula 1, confirma Stefano Domenicali. Isso pode ser positivo para os circuitos, mas certamente também pode ser negativo.

Nos últimos anos, a Fórmula 1 experimentou - como diz o site oficial - um crescimento"empolgante" no Oriente Médio, com corridas em países como Arábia Saudita e Catar, e também nos Estados Unidos, onde realiza três corridas por temporada (Las Vegas, Miami e Austin). Mas a F1 se orgulha de não ter esquecido a Europa, afinal, o berço do esporte.

Como Madri afetará o calendário?

Imola e Zandvoort, por exemplo, voltaram ao calendário da F1 nos últimos anos, embora isso tenha sido compensado pela remoção dos Grandes Prêmios da Alemanha e da França. A grande questão é qual será exatamente o impacto sobre as corridas europeias, agora que, com Madri, outro lugar no calendário já foi cedido há algum tempo. Além disso, a Formula One Management afirma que Barcelona também continua sendo uma opção para (continuar a) sediar um Grande Prêmio.

Em 2024, haverá 24 Grandes Prêmios no calendário e tantas corridas já exigirão uma enorme quantidade de energia das equipes. Portanto, continuar a adicionar corridas ilimitadas é impossível, por isso é realista que as corridas desapareçam do calendário da F1. Os circuitos que têm compromissos de curto prazo com a Fórmula 1 - por exemplo, Zandvoort, Spa-Francorchamps e Monza - devem ser, logicamente, os primeiros a se preocupar.

Boas notícias para Spa, Monza e Zandvoort

No entanto, também há boas notícias para essas corridas. Pois a Fórmula 1 mudou sua abordagem: a partir de agora, os novos contratos com os circuitos devem ser por períodos muito longos, revelou Domenicali. Ele acrescentou que, se um período curto for escolhido, haverá um motivo para isso.

Essas são palavras de esperança para os circuitos que atualmente têm de se sentar com a Fórmula 1 quase todos os anos, na esperança de obter uma segunda chance. Um compromisso de, digamos, 10 anos seria uma bênção, por exemplo, para poder fazer melhorias financeiramente responsáveis na pista. No caso de Spa, a Fórmula 1 é sua principal fonte de renda, portanto, para sobreviver, uma visita anual é vital.

Se, em algum momento, outros circuitos tiverem prioridade sobre Spa, Monza ou Zandvoort e fecharem contratos de longo prazo, será praticamente impossível que o GP da Bélgica e da Holanda volte ao calendário, simplesmente porque não haverá espaço na programação da F1 nos próximos anos.