A FIA ainda não está preocupada com a falta de inscrições dos fabricantes de motores para 2026. A Audi já se inscreveu, mas muitas outras fabricantes ainda estão segurando para tomar a iniciativa e há especialmente muitos pontos de interrogação em torno da Ferrari.
Motores da F1 para 2026
Novos regulamentos do motor entram em vigor em 2026, sendo a maior mudança o desaparecimento do MGU-H. Isto tornará o motor muito mais barato de se fazer, tornando mais interessante para novas empresas participarem. Além disso, assim como para as equipes de F1, haverá um limite orçamentário para as fabricantes e também haverá um limite no tempo de testes.
A FIA tinha definido o dia 15 de outubro como a data até a qual queria que todas as inscrições para 2026 estivessem sido feitas. No entanto, somente a Audi se inscreveu para 2026. A Red Bull Powertains, Renault e Mercedes também parecem querer comprometer seu futuro na F1, mas ainda não oficializaram. Ainda assim, isto terá que acontecer em breve, a partir de 1 de janeiro de 2023 as novas diretrizes orçamentárias para as fabricantes vão entrar em vigor e assim todas as marcas terão que obedecê-las, quer elas entrem ou não na F1 em 2026.
Ferrari se interpõe no caminho
As maiores preocupações giram em torno da Ferrari, que está considerando até mesmo usar seu poder de veto para bloquear essas novas regras. A Ferrari entende que a Audi obtenha uma vantagem em termos de orçamento e tempo de teste para alcançar as outras fabricantes, mas não quer concordar que a Red Bull Powertains também tenha essa vantagem como uma nova fornecedora. Afinal, eles teriam ganho muito conhecimento trabalhando com a Honda e atraindo pessoal de primeira linha.
O futuro da Porsche também ainda é incerto. A outra parte do Grupo Volkswagen não esconde de ninguém o seu desejo de entrar na F1 em 2026, mas um acordo com a Red Bull Racing acabou não se concretizando. Desde então, as coisas permaneceram muito calmas em torno da marca icônica.
Enquanto isso, a FIA não está preocupada que o prazo tenha passado e grandes nomes ainda estejam faltando na lista. "Mas honestamente, no início, quando você tem alguém novo [como a Audi], os antigos sempre resistirão, e eles terão uma maneira muito mais poderosa com a FIA para discutir. Mas uma vez que um assina, depois vem o segundo, e depois o terceiro, então você verá que está resolvido", disse o calmo Mohammed Ben Sulayem ao Autosport.com.