Vasseur procurou o conselho de Todt: "Tem uma experiência enorme"

Fred Vasseur pediu conselhos ao ex-chefe da equipe da Ferrari, Jean Todt, durante as férias de inverno. Falando com a Sky Sports, Vasseur explicou como ele se preparou para sua nova tarefa e como ele prevê sua relação com Carlos Sainz e Charles Leclerc.

Vasseur certamente não está embarcando em uma tarefa fácil como novo chefe de equipe da Ferrari este ano. Seu antecessor, Mattia Binotto, deixou o cargo no final de 2022 após uma temporada promissora, mas que terminou de maneira decepcionante. E agora, antes mesmo de os carros irem para a pista, o CEO da Ferrari, Benedotto Vigna, já deixou claro que há apenas um resultado aceitável: ganhar o título. A pressão dentro da equipe é algo compreensível, já que a última vez que a Ferrari ganhou o título de pilotos foi em 2007, quando Jean Todt estava no comando.

Não é surpresa, então, que Vasseur busque um conselho de Todt. Sob a liderança de Todt, a Ferrari ganhou o campeonato de construtores oito vezes e o de pilotos seis vezes. "Com certeza tivemos contato durante o inverno, e teremos tempo para discutir juntos", explica Vasseur. "Mas também é difícil comparar os dois períodos, já que se passaram tantos anos. Mas a experiência de Jean é enorme e eu acho que é uma grande oportunidade para eu discutir com ele e ter seu feedback".

"Carlos e eu confiamos um no outro"

Vasseur imediatamente deixou claro que não vai trabalhar com o esquema de primeiro e segundo piloto, apesar de muitas equipes fazerem isso. No início, essa escolha foi questionada, em parte porque Leclerc foi significativamente mais rápido que Sainz no ano passado e coquistou mais pontos, e também em parte porque Vasseur e Leclerc se conhecem há muito tempo: Vasseur foi chefe de equipe do monegasco na Sauber em 2018. O francês foi questionado se ele precisou convencer Sainz de que não haveria tratamento preferencial para Leclerc.

"Eu não precisei fazer isso porque eu acho que Carlos confia em mim e eu confio no Carlos", explicou Vasseur. "Nós também tivemos uma longa parceria no passado, eu tentei levá-lo à Renault há alguns anos e depois à Sauber, mas como ele não quis vir até mim eu vim até ele. O clima da equipe é perfeito, temos uma confiança mútua e isso é o mais importante quando você quer falar sobre a equipe e a relação entre os pilotos".