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Parceria da F1 com a Aramco ainda é polêmica

Parceria da F1 com a Aramco ainda é polêmica

03-01-2023 06:52 Última atualização: 10:49

GPblog.com

A Fórmula 1 nunca pareceu ter vergonha do dinheiro, e com o acordo firmado com a Aramco em 2020, o esporte está em mãos particularmente ricas. A controversa companhia petrolífera da Arábia Saudita é hoje quase a mais valiosa empresa do mundo.

O cofre sem fundos da F1

A Fórmula 1 vale bilhões. Em 2017, quando a categoria foi vendida para a Liberty Media, a empresa americana pagou US$ 4,6 bilhões e o valor total da transação feita na aquisição foi de US$ 8 bilhões. Desde então, o esporte só se tornou mais popular e cresceu e, como resultado, a F1 também aumentou consideravelmente em valor. Muito dinheiro também atrai muito dinheiro, e com a DHL, Emirates, Heineken, Pirelli, Rolex e Aramco como parceiras globais, parece não haver fundo nos cofres da Fórmula 1.

A polêmica patrocinadora Aramco tornou-se muito mais valiosa em 2022 devido aos altos preços da energia, o que significa que a Fórmula 1 agora tem uma parceria com a empresa quase mais valiosa do mundo. A Aramco vale pouco mais de $1,9 trilhões (segue-se 12 zeros!). A Apple é atualmente a empresa mais valiosa, no valor de $2,07 trilhões de dólares.

Financeiramente forte, mas e moralmente?

A Fórmula 1 parece estar financeiramente mais forte do que nunca, em parte por causa da carteira da Aramco. Não é surpres que a empresa tenha conseguido forçar uma corrida de acontecer na Arábia Saudita, e rumores indicam que uma segunda estaria nos planos. Por outro lado, a parceria com a Aramco também é problemática. Primeiro, porque não se encaixa bem na missão da Fórmula 1 de ser menos poluente para o meio ambiente e o clima (a Aramco é uma grande poluidora), e segundo, porque a Aramco é em grande parte propriedade do estado saudita e há muito debate sobre a situação dos direitos humanos na Arábia Saudita.

A Fórmula 1 parece mais popular e mais rica do que nunca e, por causa de todo o dinheiro, também tem todas as oportunidades de crescer ainda mais. Dado o curso que a Liberty Media estabeleceu, a categoria fará isso por muito tempo. A única pergunta é: a que custo esse crescimento virá? No início da temporada de 2022 no Grande Prêmio da Arábia Saudita, ficou bastante claro porque a parceria entre a F1 e a Aramco é repleta de dúvidas. Uma sessão de treinos foi prejudicada por um ataque de mísseis às instalações da empresa a apenas alguns quilômetros do circuito. As equipes chegaram a se reunir com a FIA para discutir se aquele fim de semana iria continuar ou não.